”I like too many things and get all
confused and hung-up running from one falling star to another till i drop. This
is the night, what it does to you. I had nothing to offer anybody except my own
confusion.” Jack Kerouac
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
amor ao cárcere
Casulo duro nulo, sem razões ou escrúpulos
que me aperta, me enrola o corpo e a alma
me engole a seco sem preliminares ou festa, só o frio deserto que fizeram de minhas idéias
E no chão o barulho alto que surge ao meu cair,
rasgando as paredes concretas de ilusão que por anos construi
Pulando os escombros do que chamavam de mim, resolvi fugir
Pela noite, com seu silêncio maldoso, indo a contra-gosto para um caminho que nunca imaginei existir
E, em uma de mil apostas que o universo me fez, entro por estreitos túneis de histórias que ao viver me dei...
mesmo sabendo que cada passo a chegada se tornava largada...
Corri o mundo me sentindo presa mesmo estando completamente solta
Apegada a prisão que por anos convivi, a idéia de ser livre estupidamente começa a incomodar
Assumo a inegável vontade de em ópio mergulhar, derretendo a razão numa estranha sensação pra não mais enxergar, as multirealidades que com suas possibilidades ameaçam me esmagar
e numa fuga infeliz quero colapsar, e na mais alta velocidade caoticamente desse percurso me ejetar
Sem saber quem mais sou, de soul e blues procuro me encontrar, pra lá de mim, antes de ti, diante dessa fascinante troca, que como mágica transforma, faz de nós o que somos agora
Diante de tantas interfaces pulo de susto: me olhe no espelho e estou sem rosto
Quero me chamar, mas já não sei meu nome... e em desespero me deito no escuro, sumo do mundo, como uma vela que aos poucos se consome.
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