Sorrio em meio a purpurinas e paetes, feliz da vida por estar usando a beleza e escondendo a solidão que ninguém vê.
E você poeta sem jeito, com o sorriso perfeito, me diz um poema sem luz mas que sem pretensão me seduz e nada mais posso falar...
Em meio a tantos gatos e ratos, você me pergunta se pode seguir meus passos e eu a tanto tempo dona de minha revolta e calmaria, encho meus dias de alegria pois encontrei um amor pra me acompanhar...
Mas você meu poeta desajeitado, não aguentou meus encantos e percalços pra sobreviver até onde te conheci... E queria uma princesa, no lugar da mulher confusa e indecisa, que esses becos da vida te entregou sem você pedir.
E eu fiquei assustada, pois antes só com o meu sorriso eu conseguia o mundo e todas as estranhas estradas e com você me fitando eu me senti sempre cobrada, a ser algo diferente, a querer seu melhor e a mudar minhas empreitadas.
Mas não é tão fácil assim, você não aguentou as inseguranças, me deixou sem chão e esperanças e sem compaixão cruelmente passou a me julgar.
Você, inocentemente esquece, que a mesma mulher que te fez suspirar e amar também padece, de momentos passados que não desejou... De experiências necessárias para o que você um dia amou...
E ao me deixar, senti-me derrotada, sendo tocada por mãos que acendem fogo mas que ao coração só deixam cinzas e mágoas, que além da pele não querem nada, que do sorriso só querem ver os dentes brancos e as palavras não mais que meros espantos e dos pensamentos somente poucas respostas.
E por mais que eu ache que existam outros belos poetas, meu coração só encaixa em suas arestas
E você foge de mim por não acreditar, no meu amor, em minhas escolhas e meu modo de me declarar.
Agora por submundos diferentes estamos a interagir, eu sem você e você sem mim.
Não é o amor a nos separar.
É a incompreensão, o cíúme a ausência de querer perdoar.
E pra isso não tem jeito não tem solução...
Só o tempo quem sabe, sem previsão...de saúde felicidade ou superação.
Que mundo confuso, meu amor verdadeiro padece de um mal sem cura,
a insegurança imatura...
De alguém que não soube o amor que eu tinha pra dar
E agora, vivo nessa diária luta, para crer nas doçuras do mundo, em novas relações e alegrias pra superar essa frustração imensa.
Um amor vivo soberano e pulsante, vibrando ao sol do meio dia escaldante, sem o menor cuidado, morrendo aos poucos escaldado, por pouca investida...
e eu sou apenas uma menina...
ass : Naetê
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